Como se proteger da pobreza na velhice: "O maior perigo para as mulheres não é a vida longa, mas a falta de planejamento financeiro"

Estamos vivendo mais do que nunca – as mulheres na Alemanha vivem em média 83 anos, e muitas chegam aos 90, 100 anos ou até mais. Isso parece um presente, mas também significa que nossas finanças precisam acompanhar o ritmo. Porque uma vida longa significa mais anos de aposentadoria, custos de saúde mais altos e a necessidade de um bom seguro.
Especialmente importante para as mulheres: cuidar de suas finanças com confiança e desde cedo para uma vida longa e, consequentemente, de sua aposentadoria – para um futuro financeiro estável. Em média, sua aposentadoria é 27% menor que a dos homens e, sem pensões de sobrevivência, chega a 39%. A especialista financeira Lisa Hassenzahl fala sobre isso no podcast What The Finance!: "A longevidade tem tudo a ver com uma coisa – e isso é dinheiro." Para ajudar você a manter a tranquilidade na velhice, traduzimos suas dicas mais importantes em seis etapas – desde fechar a lacuna da aposentadoria até planejar os custos dos cuidados.
Passo 1: Aumentar a conscientização – a longevidade é uma questão financeiraA primeira e mais importante percepção é: uma vida longa custa dinheiro. Lisa Hassenzahl enfatiza que não se trata apenas de expectativa de vida estatística, mas de se preparar para uma vida significativamente mais longa. "Quando você olha para esses números, fica claro: longevidade tem tudo a ver com uma coisa: dinheiro." Trata-se de deixar de lado o medo do assunto e encarar a realidade para criar clareza e previsibilidade.
Passo 2: Eliminar a disparidade nas pensões – combater a disparidade entre géneros nas pensõesA disparidade previdenciária entre gêneros, ou seja, a diferença entre homens e mulheres, é, em média, de 27%. As razões comuns para as grandes diferenças entre as mulheres são salários mais baixos, disparidades salariais, trabalho em meio período e cuidados importantes, mas frequentemente não remunerados. Para reduzir essa disparidade, faz sentido começar a construir patrimônio privado cedo e tomar decisões financeiras conscientes. Segundo a especialista, o lema aqui é: nunca é cedo demais e nunca é tarde demais. Lisa Hassenzahl calcula: uma mulher de 40 anos gostaria de reduzir sua disparidade previdenciária de cerca de € 1.000 por mês.
- Situação inicial: Ela já tem 25.000 euros em capital inicial.
- Meta: acumular um patrimônio de aproximadamente 320.000 euros até se aposentar aos 67 anos.
- Implementação: Para conseguir isso, ela teria que economizar e investir cerca de 450 euros por mês, assumindo um retorno de cinco por cento.
- Efeito: Esse capital poderia ser usado para cobrir a lacuna da pensão na aposentadoria, desde que o dinheiro permaneça investido sabiamente durante a fase de retirada.
- É importante observar que o mercado de capitais flutua. Dependendo do investimento, um retorno de 5% é uma premissa realista para o planejamento de longo prazo — mas pode ser maior ou menor em anos específicos. O segredo é manter o investimento ao longo do tempo e focar em uma estratégia sustentável de longo prazo.
Segundo a especialista, muitas mulheres não só subestimam a diferença na aposentadoria, mas também o impacto do tempo. Quem começa aos 40 anos ainda tem um horizonte de investimento de pelo menos 25 a 30 anos. Portanto, mesmo sem condições perfeitas, ainda há muito a ser conquistado. Lisa Hassenzahl enfatiza: "Ter uma diferença na aposentadoria não é algo ruim — a questão é como fechá-la." E: quanto mais direcionada for a estratégia de investimento, menos restrições você terá que fazer posteriormente.

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Um dos fatores mais frequentemente subestimados é a inflação. Algo que vale € 2.500 hoje terá apenas metade do seu poder de compra em 35 anos. Lisa Hassenzahl explica isso com a chamada regra dos 70: dividir o número 70 por uma taxa de inflação de 2% resulta em 35. Isso significa que o capital necessário dobra em 35 anos. Para neutralizar isso, o dinheiro não deve apenas ser poupado, mas também investido de forma lucrativa.
Etapa 4: Calcular o risco do cuidadoAlém das despesas regulares de subsistência, o aumento dos custos com saúde e cuidados representa um enorme risco financeiro na velhice. Hassenzahl ressalta que os custos mensais com cuidados podem facilmente chegar a € 4.000 a € 5.000 líquidos. Como a doença é a causa mais comum de superendividamento pessoal, esse aspecto deve ser explicitamente incorporado ao planejamento da aposentadoria, seja por meio de poupança adequada ou de um seguro privado de cuidados de longa duração.
Etapa 5: Planeje com flexibilidade – trabalhe mesmo depois dos 67Os caminhos da vida moderna não são mais lineares. Anos sabáticos, trabalho de meio período ou abrir o próprio negócio são mais comuns hoje em dia. Essa flexibilidade pode ter um impacto positivo. Como explica o especialista, trabalhar além da idade de aposentadoria e não sacar nenhum capital acumulado durante os primeiros anos de aposentadoria pode ter um impacto significativo. "Se eu conseguir manter esse valor máximo investido pelo maior tempo possível e deixá-lo trabalhar para mim, isso naturalmente terá um impacto imenso."

Depender exclusivamente da previdência complementar pode ser arriscado. O especialista financeiro recomenda investir em diversos pilares: a previdência complementar, investimentos privados como ações e ETFs e, se necessário, imóveis. O objetivo é criar uma carteira resiliente às flutuações do mercado e que gere uma renda estável na aposentadoria. Ao construir múltiplas fontes de renda, você cria a segurança e a independência necessárias para moldar sua aposentadoria da maneira que desejar.
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